quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Um post clichê.

31 de dezembro de 2009


Quanta coisa aconteceu esse ano. E que ano longo!

Hoje é o último dia de 2009 e eu estou com a sensação de dever cumprido na cabeça. Conheci tanta gente nova! Gente que me marcou, e que vai fazer parte da minha vida para sempre.

Nem me lembro como eram as coisas no começo do ano, antes de Março, que foi quando eu conheci o Banjo. Posso até dizer que esse ano pertence completamente a ele. De uma forma ou de outra, ele esteve presente em todos os meus dias; me alegrando, me deixando triste, preocupado, com raiva, com ódio profundo. Mesmo quando eu queria que ele sumisse pra sempre, ele estava presente nos meus pensamentos.

Esse ano, também, meus pais finalmente aprenderam a respeitar — mas não necessariamente aceitar — a minha orientação sexual. Estava mais do que na hora. Agora me sinto mais livre pra viver!

Fiz muitas escolhas erradas esse ano. Mas sempre, não importa a situação, aprendi algo depois. Me preocupei, chorei, ri, gritei, dancei, beijei, bebi, quase reprovei, surtei, me apaixonei, briguei, curti, fui cuzão, fui esperto, me dei bem, me dei mal, causei problemas, fui o problema, resolvi problemas, passei apertos, passei muito ódio, sorri muito, tive medo, ajudei, fui ajudado, discuti, conversei, abracei, esmurrei, conheci quem eu queria conhecer, adicionei ótimas memórias, fortaleci vínculos, procurei emprego, levei vários “não”, consegui vários “sim”, fui pro hospital várias vezes, escrevi, desenhei, pulei, fiz merda, fiz merda de propósito, me conheci melhor, entendi o mundo ao meu redor. Vivi intensamente.

Se fosse necessário, repetiria esse ano inteiro novamente, apesar dele ter passado muito, muito devagar!

Quero levar para sempre todas as pessoas que conheci esse ano, todas as pessoas com as quais fortaleci e criei amizade esse ano, e todos aqueles que já me são caros há tanto tempo.

Eu os amo, meus queridos! Desejo que sejam felizes, como eu fui esse ano, em 2010! E de todo o meu coração, do fundo da minha alma, fica o meu obrigado por tudo que fizeram por mim, desde as risadas e conversas inúteis, até os momentos sérios, broncas e conselhos. Vocês fazem parte da minha alma, da minha essência, da minha mente, do meu corpo e da minha vida.

Feliz 2010!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

#musicmonday 2009!

Bom, como eu disse no twitter, colocarei aqui todas as músicas que marcaram o meu ano de 2009. Acho que vale a pena dar uma olhada. De repente rola uma identificação etc <3

Ida Maria - Oh My God
Para aqueles momentos em que você se imagina encontrando alguém que sempre sonhou em conhecer, para quando se imagina junto de quem você gosta, para todos os momentos mais divertidos e intensos no geral!


Pink - Funhouse
Sabe quando você quer lembrar daquelas coisas loucas que você fez durante o ano todo? Rola até uma nostalgia.


Jessie James - Wanted
Liberte a vadia louca que existe em você! Essa foi a música que eu ouvia quando me sentia, er, nasty. HIDOSAHDIO


Pink - Please Don't Leave Me
Acho que quem me conhece, sabe da minha história e tal, e lê a letra dessa música, com certeza vai entender porque ela é tão especial pra mim <3


Panic! At The Disco - New Perspective
Ouvir essa música olhando para o alto e vendo a chuva cair no meu rosto totalmente sincronizada com o ritmo da música foi uma experiência incrível, intensa e insubstituível. Essa é aquela pra se ouvir quando se quer ter a sensação de liberdade incondicional! *-*


Mutantes - Panis et Circenses
Retrô é conceitual -s


Por enquanto, são essas. Nos próximos dias, vou lembrar de mais músicas, já que agora a minha memória de peixe não me permite pensar mais do que isso. Aguardem :D


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Prelúdio da tempestade.


Estávamos nós dois no parque. O lago nos brindava com o reflexo do céu mais azul e limpo que, sempre infinito e constante, pairava sobre nós, observando tudo com sua calmaria incomensurável. A grama baixa e verde-esmeralda sustentava o peso de nossos corpos e da nossa conversa, sem reclamar, exatamente da mesma forma que eu carregava na minha mente e nas minhas costas tudo que sentia por ele, por aqueles olhos e por aquele coração tão gentil e acolhedor.

— Por quê? — A pergunta dele aniquilou o silêncio como um raio que corta os céus, o prelúdio de uma tempestade devastadora.

Senti minhas maçãs do rosto, sempre com aquele branco marmóreo, ficarem mornas e enrubescidas.

— Por quê? — Repeti para mim mesma mentalmente enquanto morava nos olhos dele, perfeitamente castanhos e cientes do que estava acontecendo.

O tempo andava insanamente devagar. Cada segundo que eu me perdia no olhar eternamente doce e tranqüilo dele era como um milhão de facas, espadas e lanças perfurando meu coração. Eu não sabia como seria dali em diante.

— Por favor…

— Por favor, não fale mais. — Pedi.

A voz rouca e preguiçosa dele ecoava na minha mente, ocupando cada mínimo espaço que eu tentava reservar para os meus pensamentos, antes que eu enlouquecesse. Eu estava ficando sem defesas.

Bateu um vento. O perfume da pele dele, que tanto agradava aos meus sentidos, me dominou por completo. Fiquei, naquele momento, deliciosamente entorpecida.

Ele me estudava, tentando sondar minha expressão que, imagino eu, era indecifrável. Meu olhar estava fixo no espelho d’água a nossa frente, que assistia a tudo sereno e emudecido.

Começava a entardecer. O sol lançou sobre nós seis raios alaranjados à medida que o céu começava a ficar tingido de púrpura. O tempo passava de forma sutil, nos envolvendo em seus amplos e maternos braços, mostrando que não era nosso inimigo.

Vi-me perdida novamente no espaço infinito e abstrato ao qual aqueles olhos de sol intenso davam lar. Eles estavam estáticos também, beijando os meus com sua beleza fulgurante. Convidavam-me a penetrar na mente dele e de lá fazer parte permanentemente. Exatamente como eu queria.

Abaixei meu escudo, sempre tão forte e intransponível, e me deixei levar de uma vez por todas. Depois disso, o tempo arrebentou, sem pensar, as grossas correntes que o estavam prendendo e correu com uma velocidade furiosa e intensa, como um leão que avança instintiva e ferozmente ao avistar sua vítima indefesa.

O céu tomou um tom rosa-perolado e laranja morno. O vento era prateado, leve e fresco. A relva ficou ainda mais verde e macia. Tudo a nossa volta girava freneticamente e ficava mais vívido, mais real. A própria realidade parecia se curvar para nos abraçar e proteger. A natureza dava sinais de aprovação e satisfação.

Ele havia me beijado.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A importância de sonhar


Suportar a realidade não é uma coisa que a gente opta fazer.
Tem gente que não se importa, que acha que ir levando é um jeito normal de levar a vida; ao meu ver: gente que nunca sonhou. Mas se você sonha, quer mais. Não é errado, não é exagero ou fútil; é o seu jeito de querer viver.
Eu vivo ressaltando pra todo mundo a importância de sonhar e de tirar um pouco a cabeça dos problemas. Acho que é importante você ter um espaço, mesmo que seja dentro da sua própria cabeça, onde você pode ser você mesmo sem restrições. Talvez um lugar onde você pense tudo do jeito que você queria que fosse ou um lugar onde você não tenha que pensar em nada.
Às vezes eu acho que não estou indo a lugar algum com essa vida de só sonhar, só esperar, imaginar como seria... mas eu sei que sem meus sonhos eu iria morrer. Não ter sonhos é não ter motivos pra viver: não se espera nada, não se deseja nada. Não ter sonhos é viver mecanizado, dominado pela rotina, tipo, irremediavelmente, e não se desesperar com isso. Achar suportável, cômodo.
Não viva para sonhar. Sonhe para viver.


Eu e a linda @Esther_Motta escrevemos, sem querer, esse texto enquanto conversávamos no msn. Os créditos são dela também ;D

Resenha - O Mágico de Oz (livro)


Dorothy vive no Kansas com seus tios. Quando um furacão leva sua casa pelos ares, a menina, a casa e seu cachorro Totó vão parar no incrível Mundo de Oz, onde criaturas fantásticas habitam os lugares mais fantasiosos e inimagináveis possíveis. A garota, logo no começo, mata a Bruxa Malvada do Oeste, quando sua casa cai em cima dela. Em seguida, a irmã da Bruxa Malvada, outra bruxa má, jura matar Dorothy por isso. No desenrolar do livro, Dorothy conhece personagens cativantes como o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde, todos, junto com Dorothy, partindo em sua jornada de encontrar o famoso Mágico de Oz, o qual dizem ser o único capaz de atender seus desejos individuais: o de Dorothy, de voltar para casa; o do Espantalho, de ter um cérebro; o do Homem de Lata, de ter um coração; o do Leão Covarde, de ter coragem
Ao finalmente se encontrarem com o dito Mágico, ele lhes diz que só atenderá aos seus desejos se eles roubarem a vassoura da Bruxa Malvada do Leste. Eles partem em sua jornada para completar a missão, na qual Dorothy é capturada e quase morta pela bruxa. Ao retornarem à Cidade de Esmeralda, lar de Oz, Dorothy e seus amigos descobrem que o mágico é, na realidade, um falsário, um homem comum que chegou de balão em Oz, e, desde então, o povo de lá passou a venerá-lo, e ele se aproveitou da situação. Ele faz os garotos perceberem que não precisam de coragem, cérebro ou coração; todos os seus desejos podem ser atendidos se eles olharem para dentro de si mesmos e verem que sempre tiveram o que desejavam.
O Mágico de Oz constrói um balão para voltar para casa, e Dorothy iria junto com ele, caso seu cachorro, Totó, não tivesse pulado do balão bem na hora. O balão party e Dorothy, desolada por pensar que não teria como voltar para o Kansas e para seus tios, fica em Oz. No entanto, Glinda, a Bruxa Boa do Norte, que vinha exporadicamente ajudando os garotos durante suas aventuras, diz a Dorothy que os Sapatos de Rubi que a garota conseguiu ao deixar sua casa cair sobre a Bruxa Má a levarão para casa.
Bastava que Dorothy desajasse para os sapatos que eles a levassem de volta. Ao fazer isso, Dorothy se despede de seus amigos que fez em Oz e, batendo os calcanhares, rodopia no ar como que por mágica e vai parar novamente em casa. Os sapatos de Rubi se perdem em algum lugar no tempo e espaço.
A lição que pode ser depreendida durante a leitura do livro é que, não importa o que pensemos, nenhum lugar nos traz tanto conforto quanto a nossa casa, e que nossa casa é onde nosso coração mora, onde sentimos que podemos ser nós mesmos sem nenhum tipo de restrição. O livro nos mostra também a importância de valores como respeito ao próximo, compaixão e solidariedade, além de uma poderosa lição de vida no sentido de que, às vezes, não precisamos ter tudo aquilo que desejamos para sermos completamente felizes. Basta estar na companhia de pessoas que te façam bem e te cativem.
Desta forma, O Mágico de Oz pode ser considerado um excelente livro no que diz respeito à demonstração de valores essenciais para o convívio em sociedade, além de fundamentais na formação do leitor infanto-juvenil, como respeito e as demais lições de vida citadas anteriormente. No entanto, é um livro sem restrição de idade. Há sempre um detalhe ou outro a ser aprendido, e conhecimento nunca é demais.

O Mágico de Oz é um livro que eu super recomendo! A leitura é bem fácil e simples, e dá pra terminar o livro em 1~3 no máximo. Leiam, se puderem! ;D